sábado, 28 de setembro de 2013

FÓRUM PUC/SP – QUALIDADE DE VIDA NAS CIDADES DO FUTURO – CHICO MACENA 27/03/2013

*Angela Maria S. O. Leite[1]
INTRODUÇÃO

                Este artigo tem por finalidade propor a reflexão individual sobre “Qualidade de Vida e as Cidades do Futuro”, após a coleta das informações no decorrer dos Fóruns ocorridos: 1º) no (NEF) Núcleo de Estudos do Futuro, no Bloco 100 do prédio novo 1ª, na (PUC-SP) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 27/03/2012, cujo palestrante Prof.º Chico Macena (Vereador de São Paulo, Líder do PT na Câmara, Membro da Comissão de Política Urbana, Secretário de Comunicação do PT e professor), após o convite do Prof.º Alessandro Marco Rossini a quem agradeço o convite; e 2º) IV Conferência Municipal de Meio Ambiente “Política Nacional de Resíduos Sólidos”, no Auditório da CPFL no Centro Histórico de Santos, cujo palestrante fora Dr. Giberto Natalini – Médico Gastrocirurgião – USP, Militante Ambiental e Vereador pelo PV ocorrido em 29/06/13, após o convite da Sandra Cunha pela (Reas) Rede de Educação Ambiental de Santos. Considero vital a exposição, pois possibilitará o conhecimento acerca da alteração de medidas, programas, projetos ambientais a ser representado pela sociedade no Plano Diretório de São Paulo construído pelas várias contribuições inclusas dos municípios adjacentes, concordando com Maria Adelia[2] neste sentido, conforme:

“A participação social tem sido uma estratégia de ‘empoderamento’ pela oportunidade de educação para cidadania, socialização de informações, envolvimento no diagnóstico e na tomada de decisões e execução dos projetos sociais, resultando no compartilhamento de responsabilidades na gestão da saúde”. (Krempel et al, 2003, cap. III, pg. 23)

1.       PELO DIREITO A CIDADE

                Parafraseando Prof.º Chico Macena quanto ao Estudo do futuro e Desenvolvimento Social ter uma Função Social, de Produção, Serviços e fruto de bens, logo há necessidade de uma gestão de excelência que consiste em, conforme Claudio Rariz Siqueira[3] (2008-2009) “avaliar a gestão de uma organização pública significa verificar o grau de adesão dos seus aspectos gerenciais mais importantes em relação a um referencial de gestão denominado, pelo Programa da Qualidade e Participação na Administração Pública, de Gestão pela Excelência”, em que o planejar do futuro deve ser feito e apropriado à sociedade, quanto a prazos, se, em longo prazo ou qual prazo, pois o governo do Estado de São Paulo possui um plano diretor e estratégico, constando no primeiro a “ocupação territorial é uma estratégia”, mas no segundo o estratégico é “Político e Setorial” fornecendo subsídios ao Plano Diretor. Atente-se para as leis: 13430/02 – Objetivos, as Diretrizes e ações[4] e 13385/01 – Planos Regionais/Zoneamento[5], concordando sobre a importância de município saudável o Dr. Gilberto Natalini que evidencia a necessidade da qualidade de vida como vital, pois diagnostica a doença como resultante de origem ambiental, mas também de saúde pública do local em que se vive, argumenta que aproximadamente há 4.000 mil mortes relacionadas à Poluição do ar, embora exista outros tipos de poluição como a visual e a sonora tendo São Paulo um índice elevado em (dB) decibel. Por conseguinte, a diversidade da cidade e as políticas tem que dialogar em relação à perspectiva de futuro, a partir do zoneamento, neste sentido Dr. Gilberto Natalini evidencia a importância do Comissionamento chega a denominar como Messiânica a missão com o propósito de ganhar pessoas para a causa, uni-las, chamar para mais próximo e literalmente trazer as pessoas da sociedade 1ª, 2º e 3º Setores. Mas, segundo Prof.º Chico Macena diz que surgem Questões – perdem $ 5.000.000 na economia para um PIB de 1,2 per capta.

QUESTÕES
Transportes Públicos
Mobilidade não é só uma questão de logística é necessária à sustentabilidade.
Água e Saneamento Básico
Há coleta de esgoto, mas não há o tratamento.
Qualidade Ambiental
Impacto do CO2
Lixo e Resíduos de Construção
Não há local de descarte
Programa de geração de Emprego e Renda
Há possibilidades de expansão
Habitação
Problema Estrutural
São Paulo cidade Planejada
Não, mas tentou-se planejar a cidade

2.       MODELO DE SATURNINO DE BRITO E DE PRESTES MAIA

                O Processo de Industrialização (1800 – 1950) influenciou nas escolhas dos projetos de construção de cidade como se encontra hoje, havia dois projetos, sendo um de Saturnino de Brito que não projetou marginais próximas ao Tietê, sim parques verdes lineares em toda a sua extensão com distancia aproximada em 1km para vias, mas o plano que prevaleceu foi o de Prestes Maia que resumia em avenidas, rodoviárias e ligações marginais com direção ao centro.           Esta visão americana, a partir do Boom de Henry Ford, com a inserção do automóvel, surgindo às moradias diferentes, mudaram-se os núcleos, a partir do modelo de disseminação do cinema (Casablanca), eis o planejamento: Glamour, Luxo e Cigarro “modo americano de viver”, neste sentido o Dr. Gilberto Natalini afirma ser necessário mudar a forma de lidar com o planeta, necessário mudar a forma de produção no planeta ser menos agressiva para os recursos naturais. Nesta questão em concordância ambos prof.º Chico Macena e Dr. Gilberto Natalini que acreditam que o formato é o ser sustentável contendo os três pilares: 1º pacto Social do Desenvolvimento Social, Pacto Ambiental e Pacto Empresarial, deixando aclarado e transparente o que cada um dentro de suas atribuições tem realizado, tanto o poder publico, sociedade civil, empresários (Industrias, Comércio, Serviços e Setor Produtivo) quanto os Sindicatos.

3.       TRANSPORTE NÃO É PROBLEMA DE LOGÍSTICA

Segundo Prof. Chico Macena há um Paradoxo que Iniciou com base no outono da estação ferroviária com malha de 40km de trilhos, mas o mesmo avanço industrial promove a não utilização das ferrovias, porém hoje para ser cultural e ter Status é necessário utilizar trem ou bicicletas.

                O Eixo Metropolitano Periférico há 15 anos, nele havia uma maior densidade populacional do eixo atrativo que é o Centro de SP hoje, havia saúde, lazer, parques e educação e etc. Hoje o transporte por dia totaliza um Paraguai (país) que é transportado da zona Leste para o eixo centro e no retorno. Portanto, não é possível pensar em transporte, apenas como problema de logística, não é mais, isto é inviável. O decrescimento do eixo populacional do Centro de SP e de qualquer núcleo decresce em função da evacuação do centro de emprego, devido a distancia da moradia. Eis o preço da QV ou Qualidade de Vida é a mobilidade do eixo trabalho – lar – casa, em que mobilidade não é somente o transporte, a demanda é maior. Comparando com as demais metrópoles “São Paulo” possui um dos melhores transito do mundo, conforme:

CONGESTIONAMENTO - TRANSITO
Nova York
5 km/h
Tókio
16Km/h
Londres
6 km/h
São Paulo
20Km/h e durante eventos 150km de lentidão


                O meio de mapeamento do transporte público tem capilaridade, pois se encontra próximo aos Mêtro’s ou Companhia Metropolitana de São Paulo que propiciam a possibilidade de trajeto, mas o metrô não fornece mais qualidade no transporte. Isto ocorre, pois tudo foi realizado de maneira radial, como todas as estações ferroviárias, mêtro, rodoviárias. São 1335 linhas de ônibus na cidade de São Paulo, lógica irracional, pois são estas as vias que não realizam o baldeamento humano para metrô’s, há demora da viajem e o transporte de menor quantidade de pessoas, portanto cai a Qualidade de Vida. Solução: Está previsto a ampliação de:

MOBILIDADE DE MASSA ATÉ O ANO DE:
2023
82.000 km de Metrô
2040
20.000km de Metrô

                Sabendo que 1,4 ano é a capacidade de confecção de Metrô’s com custo de 780.000.000,00$ por km.

4.       MODELOS DE CIDADES COMPACTAS

                As cidades sofrerão diminuição populacional numa ordem de menos 30% no decorrer de 10 anos. O Modelo de Cidades Compactas: Otimizam a infraestrutura, diminui o deslocamento territorial, usos mistos dos territórios, adensam rede de saneamento e fornecem onde não há. Enquanto o adensamento construtivo seria um adensamento populacional, mas não é viável, pois quem se utiliza do modelo de padrão médio não utiliza os padrões de mobilidade funcional, pois no mínimo possuem 04 carros. Eis, os conceitos futuros para moradia no Centro – SP e nas centralidades é de:

CONCEITOS FUTUROS
25% De prédios Vazios
Móveis Ociosos
25.000 unidades
Podem ser utilizadas, pois estão vazias, tem estrutura e não tem pessoas.

                Hoje, há o gasto fora ou na periferia cerca de 50.000,00 para adequar ao modelo necessário, mas é interessante que para a Periferia seja levado emprego, lazer, educação, enquanto para o Centro sejam trazidas pessoas.

5.       PLANO DIRETÓRIO DE QUALIDADE DE VIDA

Tendo em mente a visão futura que deseja para a cidade, o Prof.º Chico Macena ressalta o pensar medidas para que, Pensar medidas para qual, enfatiza que os munícipes deve viajar menos em se tratando de mobilidade, apenas quando necessário, pois há ainda 800.000,00 domicílios precários que se encontram em Área de Risco, Encostas e Próximo a Córregos em aproximado 40 que devem ser tratados, e que segundo Dr. Gilberto Natalini sonha com a impermeabilização de asfalto poroso para as ruas que irá filtrar a água. Portanto, a necessidade de uma Política Sustentável em que esteja Integrada com a de Habitação, Desenvolvimento Urbano, Transparência Pública, Provisão de moradias para a massa populacional, Descentralizar para a polaridade linear, pois há possibilidade de descentralização com IPTU – 0%, INSS – 2%, Outorga Onerosa – 0%, CEPAC - Certificado de Potencial Adicional de Construção[6] para construir além do permitido para gerar empregos, Lembrando que “O impacto para construção é o Valor da terra”, Criar incentivos para a Hotelaria que se encontrem nos Arcos do Futuro de Polaridade linear, interligados por cruzamento de Rodovias marginais com distribuição do transporte.

6.       INVESTIMENTOS E NOVAS TECNOLOGIAS

A Lógica do desenvolvimento projetado ao longo do prazo para incentivar o desenvolvimento está estimada em $ 15.000.000.000,00 em SP em Universidades, SESC, SESI, Hospitais.         Sendo que para o Transporte o “ônibus” é o que mais alcança em capilaridade e em nº de pessoas transportadas, medida a ser adotada é o racionalizar das linhas de ônibus com centralização para o Metrô, Combustível não poluente, Novas Tecnologias, Corredor de ônibus segregado sem barreira física, através de Ray flax, Multa automotiva dos automóveis por invasão de faixas e a Inspeção veicular. Seria segundo o Dr. Gilberto Natalini possibilita na diminuição das formações de ilhas de calor.

7.       PLANEJANDO CIDADE DO FUTURO

Segundo Dr. Gilberto Natalini em São Paulo a um bom relacionamento entre a FIESP, CETESB que incentivam os estudos de teses e trabalhos práticos de sustentabilidade, consta no estado um inventário do Efeito estufa provocado pela queima de combustíveis fósseis, e do Aterro Sanitário que transforma 25% de gás Metano em eletricidade que alimenta as cidades próximas com parceria com Banco que intermediou a empresa contratada para canalizar o gás, e, transformou crédito de carbono e todos ganharam. Mas, o Prof.º Chico Macena ainda deseja que esteja bem aclarado para o gestor no ato do planejamento as questões: o que incentivar? O que investir? O que quero para a cidade? Surgindo como respostas de ambos: Imposto Verde, Carros Elétricos, Aumento do número de Parque Lineares dos 36 para 96, Ecopontos, Prédios Sustentáveis, Preservação das reservas de água, Ocupação racional do território, Preservação das nascentes dos rios, Tratamento dos 40 córregos, Coletas Seletivas, sendo que em SP apenas 1% se recicla, Criar coleta seletiva regular, Oferecer tratamento diferenciado para a cooperativa de reciclagem, Treinar e contratar os catadores pelo estado com salário justo e compatível com a atividade ambiental, Política não assistencial, mas Ambiental.

Quanto à educação a importância da Inclusão, promoção de Pesquisas e incentivo aos pesquisadores,
ü  Tecnologia Informação

Inovação

ü  Sem investimento
ü  Sem maturação é longo e o tempo de governo é curto, logo tem que ser perene.

8.       O PASSADO É APRENDIZADO

A fim de realizar um planejamento sustentável, ambiental, econômico e cultural é necessário não abster da memória, antes se deve olhar para o passado, então conquistar o futuro. Tendo em vista do avanço do monotrilho que foi planejado pela LIGTH em 1888. Há uma necessidade em traduzir o Urbanez para a população, é ter um ouvido sensível para ouvi-los e implementar a discussão, mas cuidado com a Metodologia, Cuidado com as propostas que serão ouvidas.

São Paulo não pensa na centralidade apenas, antes ela atrai a polaridade na região metropolitana que influencia outras cidades e regiões, tais como: A proibição de caminhões em determinadas vias, a partir de locais, dias e horas. Portanto, deve se pensar no fórum metropolitano para políticas conjuntas que é introduzido no plano diretório de São Paulo.

                Voltar ao planejamento de Saturnino de Brito em que os núcleos habitacionais não ocupados em função do adensamento populacional, transformem-se em áreas verdes lineares em São Paulo. No projeto de Prestes Maia era um modelo radial, enquanto para Saturnino de Brito mesmo tendo perdido o debate é agora modelo a ser adotado por meio de:

ü  Preservação da Varzea dos rios,
ü  Preservação dos Rios balneáveis,
ü  Preservação dos Rios com a criação de Parques no entorno do leito,

9.       COMO RECUPERAR ESPAÇOS PÚBLICOS

Surge outra questão:  Como recuperar os espaços públicos mesmo que seja de domínio privado? Tendo em vista que São Paulo é de interesse de grandes visões, necessário construírem uma hegemonia, a partir da arte da guerra. Deve ser repensada a aproximação da cidade/universidade e universidade/cidade, pois se trata da complexidade da cidade nesta estrutura em que as universidades se distanciam dos núcleos urbanos de maneira equidistante.

10.   CONCLUSÃO

Portanto, a compreensão dos códigos é a chave para a construção de qualquer área, tanto que para o educador, isto agrega valor e deve ser feito a interação destes valores. É uma questão relevante, embora todo o avanço tecnológico, industrial e cientifico, não seja capaz de modificar os corações e mentes humanas, haja vista, os reflexos da educação e motivação em prol da mudança comportamental demonstrados pela atual sociedade.





[1] Docente independente. SENAC – Santos. Circuito Escola Técnica. Lato Senso em SGI – Sistema de Gestão Integrada SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Santos – SP, Graduando Eng.ª Ambiental na UNISA – Universidade de Santo Amaro. e-mail: angeladidaskalos@hotmail.com; Twitter: @angelastelita; blogger: SGIQUALIDADEDEVIDA.COM.BR  LATTES: HTTP://lattes.cnpq.br/0467769960625043

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